Por que preciso fazer sondagem do terreno antes da construção? Sondagem é um processo de exploração e reconhecimento do tipo de solo.
Na arquitetura e engenharia é utilizado para se obter dados como: resistência do solo, nível do lençol freático, entre outros.
Deveria ser um documento obrigatório para a elaboração dos projetos de arquitetura e engenharia, mas infelizmente para obras de pequeno porte, temos grande dificuldade de “convencer” o cliente a ter “mais este custo” que ele julga ser desnecessário.
É por isso que nós, a On.We fizemos uma série com vídeos e este a artigo com exemplos que tentam mostrar como a falta da sondagem sai de economia para desespero na obra.
Se quiser saber um pouco mais sobre como podemos colaborar com você em projetos estrutural, elétrico e hidrossanitário, vide nosso portfólio com depoimentos de alguns arquitetos para o quais já realizamos projetos, num processo que envolveu parceria e colaboração. Só clicar aqui!
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Sondagem do Terreno Antes da Construção Gera Economia!
Aqui vamos dar um exemplo de um cliente que o solicitamos para fazer a sondagem do terreno antes da elaboração do projeto estrutural. Ele entendeu a importância e aceitou contratar o relatório com uma empresa especializada.
Mas enquanto a sondagem não ficava pronta, resolvemos fazer uma simulação. Acabamos fazendo todo lançamento da estrutura e fizemos um primeiro cálculo. Onde consideramos a “pior” opção de solo possível para atender sapatas.
Neste caso, que era uma obra residencial em dois pavimentos, os custos das sapatas iriam ser de R$8.800,00.
Quando o relatório de sondagem chegou, adaptamos todos os índices com os valores reais do solo, e o montante passou a ser de R$3.700,00
A economia gerada foi de R$5.100,00, ou seja, pagou o relatório de sondagem e ainda sobrou.
Claro que a situação poderia ser outra, e o solo ter uma resistência muito ruim.
Surpresa na fundação de uma residência.
Este caso também ocorreu conosco, fomos contratados para elaborar o projeto estrutural de uma residência de dois pavimento, com área total em torno de 250,00m².
Nós solicitamos para o cliente a fazer a sondagem do terreno antes da construção, mas o mesmo não quis fazer justificando não ter verba para este custo “adicional” a obra. Nesta hora explicamos ao cliente a forma que iríamos trabalhar adotando a pior opção no dimensionamento das sapatas.
A obra então começou com todos os projetos prontos, e quando foram escavar a primeira sapata perceberam que o solo ainda se encontrava muito “mole”.
Entraram em contato com a gente, e solicitamos que fizessem então furos com trados pra ver em qual altura encontrariam um solo mais “firme”. Depois de conseguirem inclusive emendar dois trados para poder perfurar mais fundo, chegaram em 05 metros de profundidade e o solo parecia estar cada vez mais “podre” em vez de mais firme.
Nosso parecer foi parar a obra naquele momento e realizar a sondagem pra averiguar a situação real. Nessa hora o cliente entendeu que não havia outro jeito de garantirmos segurança a ele e concordou em fazer a sondagem.
Em resumo a sondagem deu um solo onde não poderia ser utilizado a fundação por sapatas como calculamos. Tivemos que recalcular toda a fundação (e cliente deve que pagar este retrabalho, pois estava ciente do risco no início).
Para piorar, a equipe de sondagem demorou 15 dias no total até entrega do relatório. E a contratação da equipe de estaqueamento se desenrolou durante mais uns 30 dias até início da fundação na obra.
No final cliente teve que cobrir custos referentes ao retrabalho de projetos, da sondagem do solo, a empresa de estaqueamento foi contratada por ser a mais rápida em atender e não a que tinha melhor preço, e pagamento de multa por praticamente 60 dias do empreiteiro parado, além do atraso geral da obra.
Agora me diz, qual realmente é a economia em não fazer uma sondagem?
Será que o arquiteto precisa de sondagem? Um Caso sobre o Nível do Lençol Freático
Este é nosso vídeo com mais visualizações no Youtube 🙂, com mais de 25.000 acessos
Vamos contar para vocês o exemplo do Pedro, arquiteto, nosso parceiro que fechou um projeto importante para escritório dele, e ficou feliz da vida, porque obra seria numa avenida principal da sua cidade e traria boas referencias.
A obra seria uma edificação mista de pequeno porte, onde no térreo teriam lojas comerciais, e no segundo e terceiro pavimento seriam colocados aptos residenciais. Mas Pedro tinha um problema, onde colocar as vagas de garagem exigidas pelo código municipal.
Para não perder as lojas comerciais no térreo que trariam um retorno financeiro muito interessante pro seu cliente, Pedro resolveu fazer a garagem no subsolo.
Cliente aprovou, prefeitura aprovou, projetos complementares contratados e executados, Pedro que havia também fechado o acompanhamento técnico, iniciou as escavações da obra para realizar as fundações.
E ai, o que era um sonho para o arquiteto, vira um filme de terror. Com apenas 1,5m de altura de escavação o terreno virava uma piscina.
O nível do lençol freático ficava a 1,00m abaixo do nível do solo, e esta situação inviabilizou executar o subsolo, pois as soluções necessárias ficavam muito caras para o cliente.
E tudo isto aconteceu com a obra andando. E acabou gerando mais custos com mão e obra que ficou parada.
Se tivesse sido feita a sondagem do terreno antes da construção, o problema já teria aparecido, e a solução que inicialmente parecia mágica em executar o subsolo já teria sido descartada de primeira pelo arquiteto (em conversa com seu cliente em cima de custos).
Pedro até sugeriu ao seu cliente fazer a sondagem no início do projeto, mas o cliente não quis, dizendo ser um custo desnecessário, e o arquiteto com medo de estragar seu relacionamento com cliente, não insistiu.
No final o projeto teria que ser todo alterado. Com isto o cliente acabou desistindo da obra para apenas vender o terreno.