Mesmo que o século XXI, seja a era tecnológica, nos possibilitando falar com muitas pessoas por dia sem sair de casa, necessitamos cada vez mais de convivência e contato com as pessoas e com a cidade que existe fora da tela do celular. Para promover o uso do espaço público de qualidade e para reunir as pessoas nas ruas das cidades, estimulando a troca de ideias e o debate sobre a prioridade de carros e pessoas, surge os Parklets.
A iniciativa que deu origem para esse formato que conhecemos atualmente começou em 2003, em São Francisco nos Estados Unidos, e foi chamada de Parking Day. O objetivo era simples: Juntar as pessoas na vaga que um carro ocupava durante um dia para debater sobre o espaço dos carros e também de espaços que fossem dedicados para as pessoas. A partir desses encontros, o movimento foi ganhando força com o número de adeptos aumentando, até que em 2010, um escritório de Arquitetura de San Francisco, cria o primeiro Parklet, utilizando a vaga de estacionamento de dois carros.
Esses locais também podem ser chamados de “mini praças”, podendo ser constituídos por vegetação, bancos, mesas e cadeiras, palcos, locais para guardar bicicletas e mais outros elementos pensados por quem fez o projeto. Utilizando a rua, que originalmente é o espaço dos carros, os Parklets invertem a lógica de prioridade para os automóveis, pensando mais na relação das pessoas com as cidades, do que dos carros com as pessoas. Além disso, esses locais também estimulam a prática da leitura, convivência entre pais e filhos em comunidade, as rodas de conversa, ou até parar para comer um lanche, fazer reuniões, e por aí vai as infinitas possibilidades ao ar livre. Algumas áreas são destinadas para o descanso do pedestres ou ciclistas para que possam parar e tomar uma água durante o trajeto dos passeios pela cidade.
Parklets no Brasil
A cidade que “nunca dorme”, São Paulo, foi quem implantou no Brasil os Parklets, isso em 2013. Quando foram implantados, a população começou a questionar sobre os espaços públicos disponíveis, levando a prefeitura da cidade a regulamentar esses espaços no ano seguinte. No site da prefeitura de São Paulo, é possível ler os critérios urbanísticos para escolher os locais de implantação do Parklets, sendo que o local sugerido deve atender o maior número de pontos desta lista abaixo:
Calçadas movimentadas
Os Parklets são ampliações da calçada que oferecem oportunidades para os pedestres descansarem e passarem seu tempo livre. Quanto mais pessoas circularem no local, maior e melhor será sua contribuição para o dia-a-dia do bairro.
Centralidades comerciais
Em geral bastante movimentadas, ruas comerciais são bons lugares para a implantação de Parklets. Além de beneficiar os pedestres, muitos estudos apontam que os Parklets aquecem o comércio local. O Parklet deve ser projetado e sinalizado de forma que fique claro aos pedestres que é um local público e não uma extensão de um estabelecimento.
Em frente a um equipamento municipal
Tratando-se de um Parklet público, pode ser estratégico localizá-lo em frente a equipamentos municipais, facilitando sua manutenção. Muitos deles apresentam demanda por espaços de espera qualificados, como escolas, hospitais, postos de saúde etc.
Possibilidade de comer ao ar livre
Um Parklet pode ser um ótimo lugar para se comer ao ar livre. Pode ser positivo localizá-lo próximo a lanchonetes, pastelarias, sorveterias, cafés ou qualquer outro estabelecimento que sirva comida “para viagem”, assim como próximo a modalidades de comida de rua.
Recomendamos que o Parklet não seja instalado em frente a restaurantes e bares. Embora a possibilidade de comer num Parklet seja benéfica, ele não deve ser confundido com uma extensão do comércio em frente.
Vistas interessantes
Bancos em espaços públicos costumam funcionar bem quando oferecem vistas para lugares interessantes, ou onde muitas pessoas passam. Nesse sentido, implantar o Parklet em frente a um muro cego, por exemplo, é contra-indicado.
Sombra
Parklets em locais sombreados costumam ser bem sucedidos. As sombras de árvores criam um microclima convidativo para descansar, comer, conversar, por exemplo.
Ciclovias
Se houver uma ciclovia na via escolhida, o Parklet deverá ser implantado na calçada oposta.
Um levantamento definitivo sobre o número de Parkets tanto em São Paulo, quanto no Brasil, ainda está em aberto, mas, algumas entidades e Ongs que fazem parte desse movimento sabem que praticamente todas as regiões do país, do Norte ao Sul possuem Parklets, ou pedidos para implantação de novos espaços. Uma dessas Ongs é o Instituto Mobilidade Verde, e você pode conferir nesse link a entrevista de Lincoln Paiva, presidente da entidade, falando sobre o começo dos Parklets no Brasil.
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