Dia 12 de Outubro, foi comemorado o Dia das Crianças, e hoje, dia 15 de Outubro é o Dia do Professor. Por isso, este artigo da Projeto Estrutural Online, reflete sobre a educação e arquitetura, e de que maneira funciona a Arquitetura Escolar no Aprendizado das Crianças.
Desde que nascemos tudo é descoberta. Nosso caminho é feito através do aprendizado. Aprendemos a engatinhar, depois aprendemos os primeiros passos, a primeira palavra balbuciada, e assim o mundo vai se apresentando diante dos nossos olhos. Pode parecer invisível, mas, a Arquitetura está presente em todos os momentos durante a vida da criança em casa com os pais, e também durante os anos de atividade escolar da criança.
O espaço físico da sala de aula, e principalmente, de toda a escola, podem trazer inúmeros benefícios para o aprendizado da criança. Essa arquitetura formada por paredes, mobiliário, e a harmonia das construções com a natureza, são percebidas pelas crianças que incorporam esse ambiente na vida delas. Brincando e aprendendo. Nesse contexto, falamos de isolamento acústico e térmico, e também o conforto e a segurança necessárias para que o desenvolvimento da criança esteja livre de preocupações exteriores.
Assim, a educação escolar está mudando constantemente, procurando encontrar maneiras de se conectar com quem já nasceu conectado. O quadro onde o professor escreve com giz de cera para que os alunos fiquem sentados copiando o conteúdo, apenas reproduzindo o que está sendo escrito, não funciona mais.
Uma das principais estudiosas quando o assunto é arquitetura escolar, é a arquiteta, professora e pesquisadora Doris Kowaltowski. Atualmente, é professora titular da (Unicamp), e possui dois livros publicados. Arquitetura Escolar: O projeto do Ambiente de Ensino; e também em autoria com outros pesquisadores, O Processo de Projeto em Arquitetura.
Segundo a professora, os alunos necessitam amar o local onde estão, e para isso, existe algo de estético que os atrai e também o paralelo entre interior e exterior. Além disso, é necessário existir ambientes que possam desenvolver diferentes modalidades. Locais específicos para leitura, para exercícios, outro para a reunião de grupos, além é claro, do contato com a natureza que é necessário para todos os seres humanos. Em especial para as crianças.
O mobiliário, de maneira alguma deve ser aquele onde existam somente os bancos escolares. Evitar seguir um padrão único com todos os móveis iguais, ou também, tudo da mesma cor. Espaços lúdicos que são coloridos são importantes, mas, é necessário cuidado para não pecar no excesso de informação.
Um dos exemplos de uso do espaço completo da Escola, é da Nova Zelândia. A Swanson Primary School, que fica em Auckland. Durante o intervalo, as crianças podem brincar pelo pátio livremente, no conceito sem regras. Isso fez com que as crianças tivessem mais vontade de estudar quando estavam em sala de aula. No vídeo abaixo é possível perceber do que estamos falando.
The School With A Radical ‘No Rules’ Policy
Outros exemplos no mundo ainda vão além das paredes. A Into the Woods, é uma creche em Londres (Inglaterra), para crianças de até 5 anos, que brincam e aprendem tudo ao ar livre, sem salas de aula. A Avenues, Escola Pública em Nova York, que inclusive tem filial em São Paulo, os alunos aprendem através de jogos. Também a Escola da Ponte (Portugal), onde não existem séries, e sim, os alunos mesmo que de idades diferentes, se reúnem por interesses comuns para desenvolver projetos de pesquisa.
No Brasil, podemos destacar algumas Escolas Modelo. O Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, na capital de Minas Gerais; a Escola Politeia de São Paulo; e a Escola Viva, também em São Paulo são alguns exemplos.
Para conhecer mais sobre a Arquitetura Escolar e os modelos de ensino em união com essa arquitetura, você pode acessar o vídeo abaixo.
Seja na escola do futuro, ou até em alguns países, inclusive no Brasil, o que já é a escola do presente, os espaços são mais importantes que a tecnologia dos melhores softwares.
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